Psicologia Transpessoal

 

A Psicologia Transpessoal pode ser definida como o estudo do ser humano na sua concepção integral, reconhecendo, além dos aspectos biológicos, emocionais e racionais, a dimensão do espírito e da transcendência.

 

Levando em consideração o racionalismo e o materialismo cunhados em séculos anteriores e que ainda influenciam os nossos modos de vida e forma de enxergar a realidade, a Psicologia Transpessoal tem como proposta reconectar o ser humano à sua essência transcendente, ampliando a sua percepção sobre consciência e ressignificando o seu "estar" no mundo.

 

A trajetória dessa linha de desenvolvimento humano é marcada por muitos referenciais. Com a descoberta de Freud sobre o aspecto inconsciente do psiquismo e a ideia de inconsciente coletivo proposta por Jung, novas portas de investigação sobre o ser humano vão se revelando. Pesquisadores começam a desenvolver interesse por pesquisas sobre estados alterados da consciência e outras linhas da Psicologia florescem, tais como a Gestalt, a Análise Transacional e a Psicologia Humanista e Existencialista.

 

Na década de 1960, a Psicologia Transpessoal de fato se consolida como uma nova área do conhecimento. Nesse contexto, vale mencionar as contribuições de Abraham Maslow sobre os efeitos e as consequência de um processo de expansão da consciência. Revelando que a experiência promove um sentimento de auto-realização, Maslow chega a conclusão de que o estado alterado da consciência promove a realização de nosso potencial na direção do melhor do humano, por meio da ampliação de si mesmo, da consciência  e de sua relação com o outro. Diversos outros pesquisadores, não apenas da área da Psicologia, acompanharam essa tendência e contribuíram para ampliar o desenvolvimento da Psicologia Transpessoal.

 

No Brasil, os principais referenciais nesse caminho de ampliação da percepção sobre a natureza do ser humano são Pierre Weil, Jean-Yves Leloup, Roberto Crema, Cláudio Naranjo, Vera Saldanha, Kaká Werá Jacupé, dentre outros.

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